A reabilitação profissional é o programa adotado pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para permitir que o trabalhador que recebe o auxílio-doença e está impossibilitado de realizar as suas atividades habituais volte a exercer sua função laboral de forma adaptada. São oferecidos cursos profissionalizantes, treinamentos em serviço ou fornecimento de próteses (dispositivo que substitui o membro ou parte do corpo) ou órteses (que funcionam como suporte para manter a mobilidade), aumentando a autonomia no dia a dia dos reabilitados. O objetivo é a melhoria da qualidade de vida e a reinserção no mercado de trabalho.
O processo para participar do programa envolve diversos setores do INSS. Inicialmente, o segurado deve requerer o benefício por incapacidade e passar por perícia médica, que identifica as especificidades do cidadão e avalia a necessidade do uso da prótese ou órtese ou de encaminhamento para a reabilitação profissional.
Enquanto durar o procedimento de reabilitação o benefício por incapacidade deve ser mantido. Após a finalização do processo, se o segurado estiver apto para retornar ao mercado de trabalho, o benefício é encerrado. Mas, se for constatado que o segurado não possui condições de voltar às atividades, será concedido o Benefício por Incapacidade Permanente (aposentadoria por invalidez).
Depois de ser encaminhado ao programa, o segurado passará por acompanhamento de um profissional de referência, que desenvolve um projeto singular no atendimento contínuo, definindo a melhor forma de promover a reinserção e readaptação do cidadão, analisando o caso individualmente e executando um trabalho personalizado.
No caso das próteses ou órteses, o processo envolve três etapas: na primeira é feita a medição, na segunda o segurado recebe a prótese provisória, e na terceira, a definitiva. No Rio de Janeiro, duas próteses foram entregues no mês de novembro.
O segurado Alex Pereira de Souza, de 39 anos, foi um dos cidadãos que recebeu a sua prótese definitiva na Gerência-Executiva do INSS em Campos dos Goytacazes, na Região Norte Fluminense. Alex foi vítima de um acidente de motocicleta aos 18 anos e teve seu pé esquerdo amputado.
“Eu sofri um acidente de moto em 2003. Andei 14 anos de muleta e nunca imaginei que poderia voltar a andar sem elas (muletas) um dia. Foi a realização de um sonho, um verdadeiro milagre. É incrível poder me sentir melhor andando de novo”, relatou o segurado.
“Nós, da equipe de reabilitação profissional, temos como maior objetivo fazer com que o cidadão afastado do trabalho possa se reinventar. Trabalhamos para que o segurado possa descobrir outras potencialidades e, assim, retornar ao mercado de trabalho”, afirmou a chefe da Reabilitação Profissional da Superintendência do Rio de Janeiro, Fernanda Lima Gomes.
FONTE: Agência Gov