Veremos aqui instruções com exemplos práticos de como fazer para se chegar a um salário bruto através de um valor líquido, bem como a disponibilização de uma planilha prática para chegar mais facilmente no resultado esperado.
É comum, na contratação de um funcionário, combinar-mos o salário. Por força da legislação trabalhista, o empregador é obrigado a reter a contribuição previdenciária e o imposto de renda, caso tenha. O que causa um certo transtorno com alguns funcionários que não lidam bem com esses descontos e esparançosos de que iriam receber o exato valor combinado.
Com isso, alguns empregadores tem adotado a prática de combinar o salário líquido. Que pode ser facilmente ser calculado invertendo o cálculo. Entretanto, esse cálculo vai se complicando quando se começa a reter o imposto de renda, onde a base de cálculo para o imposto deve abater o desconto do INSS que é variável, e um valor fixo por dependente, caso tenha.
Caso seja uma conta simples com retenção apenas do INSS é simples. Basta pegar o valor líquido desejado e dividir pela diferença da porcentagem.
Exemplo Salário Bruto 1
A empresa deseja pagar um salário líquido a um colaborador de 1.350,00
Sabemos que para esse valor não haverá Imposto de renda (tabela base de 2018).
Esse líquido está bem abaixo do índice de 9%, então primeiramente faremos o cálculo como se fosse 8%.
Então temos como princípio que o valor bruto seja 100%, e 8% representaria o desconto do INSS.
Com base nisso, podemos observar que o valor líquido corresponde a 92% do valor bruto, que seria 100% - 8%.
Basta dividirmos o valor líquido pelo seu correspondente: 1.350,00 / 92% = 1.467,39
Achamos o valor bruto.
Para conferir, multiplicaremos o valor bruto localizado por 8% e subtrairemos dele.
1.467,39 x 8% = 117,39
1.467,39 - 117,39 = 1.350,00
Exemplo Salário Bruto 2
A empresa deseja pagar um salário líquido a um colaborador de 1.950,00
Como esse valor é o líquido, não sabemos ao certo se haverá Imposto de renda (tabela base de 2018).
Já esse líquido está bem acima do índice de 9%, então utilizaremos ele.
Partiremos do mesmo princípio que o valor bruto seja 100%, e 9% representaria o desconto do INSS, consequentemente o líquido corresponderia a 91%.
Basta dividirmos o valor líquido pelo seu correspondente: 1.950,00 / 91% = 2.142,86
Achamos o valor bruto.
Para conferir, multiplicaremos o valor bruto localizado por 9% e subtrairemos dele.
2.142,86 x 9% = 192,86
2.142,86 - 192,86 = 1.950,00
Retendo apenas o INSS, obtivemos êxito, entretanto, esse valor passou da faixa de isenção do IRRF.
Calcularemos o IRRF, ignorando que haja dependente. Como a base de cálculo do IRRF deve-se deduzir o INSS, a base de cálculo será os 1.950,00
1.950,00 x 7,5% - 142,80 = 3,45
Nesse caso, como o valor é menor que 10,00, fica isento da retenção.
Até aí tudo bem, para esses valores menores basta dividir o líquido desejado pela correspondente percentual. O problema começa quando queremos encontrar o valor líquido alto, quando se há de fato a retenção de Imposto de Renda, dependentes e tudo mais.
Para achar o valor líquido com mais facilidade, está disponível uma planilha para tal cálculo, levando em consideração também a quantidade de dependente e o categoria de trabalhador ou autônomo.